sexta-feira, 21 de março de 2008

Andar pela Adam


A caminho do trabalho encontrava-me tranquilo, em altas, mas tranquilo. E é engraçado, porque se começarmos a tentar decifrar bem alguns momentos do quotidiano, numa cidade como a Adam, facilmente compreendemos que, das duas uma, ou vais parar num sítio ou vais parar noutro, porque fisicamente, não se consegue estar em dois lados ao mesmo tempo. Mas não foi para falar de assuntos sérios que me dignei a abandonar uma montra do bairrinho vermelho ou o assento duro e normalmente molhado da bicicleta. O tema que me traz aqui diz respeito àquela matéria que aborda o assunto que te está neste momento a passar pela cabeça, isto é, o que é que acontece quando te falha o pé no pedal da bicicleta, estanto o piso molhado, e a cabeça a pensar na metaleira que viste há cinco minutos? Sinceramente até gostava de saber responder, mas não tenho dúvidas que o Carlitos saberia satisfazer as vossas curiosidades com base nos princípios deontológicos do saber cair! E o curioso é que ele o fez com padrões elevados de ética e profissionalismo uma vez que não só caiu para o lado como também caiu para baixo... Já não me lembrava de ver um arquitecto de alto gabarito em tão complicada situação, aliás, arrisco-me a dizer que neste momento so me recordo do Gaudi a ser atropelado por um eléctrico e do Taveira a projectar. Às vezes somos tão inocentes nesta vida: sempre pensei que os mecos que separam as ruas dos passeios por cá, estavam inclinados por causa dos carros ou carrinhas que enfrentam diariamente a missão árdua de circular na Adam, mas enganei-me... O Carlitos conseguiu comprovar a sua já antiga teoria de que um queixo algarvio, a mais de 5 metros por segundo, pode inclinar barras de aço com um calibre equivalente às que estão no joelho do Mantorras.

Já agora recordo-me de outro assunto que está na actualidade: "O presente do indicativo"... Não sei, mas a primeira dúvida que me vem à cabeça em relação a este curioso tema é: Alguma vez pensaste em estar parado na rua, em cima da bicicleta só porque uma tal de luz vermelha está a apontar para ti, sempre com numeros que vão decrescendo até poderes avançar??? Quando pensamos em andar de bicicleta não pensamos em ter que parar porque tem que ser, apenas quando queremos e desejamos... Pois é, mas às vezes é complicado conduzir uma bicicleta e reparar bem nas linhas das meninas do Red Light District!! Malta, o meu conselho é: "Convém parar!" Por duas razões, primeiro porque se pararmos não nos encontramos em movimento, e segundo porque, ao pararmos ,estamos a reduzir a energia cinética a zero Joules... Ah, e um terceiro motivo, porque se pararmos podemos ver as linhas mesmo todas das meninas das montras...


Um até jazz, Mr.Adam's Brown

3 comentários:

Anónimo disse...

Caro Mr. Adam's Brown,

Já dizia o meu Mestre Espiritual, há uns 100 anos atrás:
«Dá-me vinho que a vida é nada».

Acredito que, se Fernando Pessoa fosse holandês, o "v" de vinho se manteria... e que o "nada" se trocaria por "vermelha".

Um abraço do tamanho da sarda,
Xô Padre

Mr. Adam's Brown disse...

Perante semelhante baile de intelectualidade que acabaste de me oferecer, há grandes probabilidades de o Mr.Adam's Brown suspender a sua actividade literária por tempo indeterminado por questões associadas à vergonha na cara!!! Eh Eh! Grande Abraço Xo Padre

Anónimo disse...

Sr Carlitos.
Existem umas rodinhas k s colocam atrax para as pessoas n destruirem barras de ferro com os keixos. Em Lisboa andast a pé e n te armast em ciclista TT, até pork n dava para ver as paisagens.
Anda a pé.
Agora ja percebo pork os portugueses n sao bem vistos no estrangeiro. Vandalos.
Abraxo XXX,
Xabregas na Invicta