sexta-feira, 9 de maio de 2008

Sim Jorge...

Ela contou-me
Que foi sempre só
Quando eu lhe falei de amizade
Que muitos homens gozaram o corpo
Desde não sei já que idade
Como gostava de os acariciar
De cada vez que eles vinham

Pela noite
Estremecendo devagarinho
Pela noite
Estremecendo devagarinho
Quando eles partiam já de manhã
Bebia à solidão de um trago
Comprava o dia
Com pouco dinheiro
O seu amor não é pago
Tu que duvidas da sua verdade
Assenta o lugar e a hora

Porque amanhã
Ela vai estar à tua espera
Amanhã ela vai estar à tua espera
Tu que foste traído
Tu que atraiçoaste
Tu que deixaste cair
Aquilo em que acreditaste
Tu desesperado que andas a monte
Não faltes ao teu encontro

Amanhã, ao fim da tarde,
Junto à ponte
Amanhã, ao fim da tarde,
Junto à ponte


Leva o corpo e leva a dor
Não esqueças os teus desejos
Sê violento e se acaso te aprontei os teus beijos
Mas não te faças rogado
É por ti que ela espera
Vai tu ao seu encontro


Amanhã, ao fim da tarde
Junto à ponte
Amanhã, ao fim da tarde
Junto à ponte...


Jorge Palma

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